Um passeio pela praça Mauá no Rio de Janeiro
Enquanto as meninas do bosque curtiam a convivência necessária pra espantar sustos do passado recente, fui atrás de novidades na Praça Mauá pra movimentar com informações, notícias e História da cidade. Jornalismo raiz é incorrigível.
Na companhia do Laerte, meu primo e amigo, fomos sonhando com a possibilidade da visitação do Veleiro Amerigo Vespucci que atracou no fim de semana no cais do porto do Rio de Janeiro.
A fila estava enorme, e os grupos de turistas são orientados a observar os logradouros da História do Rio de Janeiro de antes da chegada da família imperial portuguesa ao Brasil.
O primeiro passeio foi pela pedra do sal, local onde os escravizados recém-chegados da longínqua África eram amontoados à espera de serem levados para as fazendas e casas dos senhores brancos.
Mas por causa da nossa visita frustrada do navio-escola italiano à espera de que fosse de manhã, fomos chutando tampinhas de cerveja pelo passeio revitalizado dos antigos armazéns do cais do Porto. Caminhamos pelas calçadas arborizadas até o Valongo. Mas antes registramos os painéis do Kobra. Sensacionais!
Entramos numa transversal. Barão de Tefé: e o emocionante Cais do Valongo!
Pra quem já leu sobre o trânsito dos negros trazidos à força até o Brasil colonial, entende a sensação de ver o local onde apenas os mais fortes eram capazes de chegar com vida depois de mês ou mais de travessia do Atlântico, em navios negreiros que faziam as pessoas serem tratadas como carga viva.
A uma profundidade de dois a três metros o fundo do antigo cais mostra como, há séculos, o mar chegava até ali.
De volta ao pier do Touring, nos assustamos com o tamanho da fila.
Resultado: desistimos de visitar o navio por dentro.
Pra não perdermos totalmente a viagem, subimos no Edifício do MAR ao lado do majestoso Museu do Amanhã: BBB: bom, bonito e barato…kkkkk
Este é o prédio abandonado inteiro e relativamente conservadores de A NOITE. Ele foi, na época de sua construção, o mais imponente edifício da América Latina. ..relativamente conservado…
De passagem, pela ruela que liga a Pedra do Sal ao Largo da Prainha, vale elevar os olhos pra observar o casario antigo. A ladeira da Conceição foi recusada pela falta de condição física depois de muitas voltas…kkkkk
Dentre outros locais dos contos de Machado de Assis, ficou faltando a visita paciente e calma pelo morro da Conceição que fica por trás desse cenário admirado por nós ontem.
A vista da baía, a partir do morro da Conceição, é um prêmio e compensação da subida pelas escadas e ruelas do bairro.
Destaque também para a Fortaleza da Conceição. Prédio histórico das forças armadas.
Por Dilson